quarta-feira, 28 de maio de 2008

Empresas de Trabalho Temporário


Nunca antes tinha tido contacto com o universo da advocacia, até o dia em que fui demitida sem justa causa. Estava empregada através de uma dessas empresas de trabalho temporário fazia um ano. O contrato renovava-se automaticamente todos os meses e assim, eu e uma colega, trabalhámos despreocupadas.

Até o dia em que ela aparece transtornada a querer saber se eu tinha recebido um telefonema da Randstad, a empresa em causa. Não, não tinha. Mas o que se passava para estar tão transtornada? Contou-me que tinham-lhe telefonado para lhe dizer que não precisavam mais dos seus serviços.

Como começamos ambas no mesmo dia e sob as mesmas condições de trabalho, a colega estabeleceu logo um paralelo. Nesse dia depois do emprego, tomou a iniciativa de telefonar para a entidade patronal, a Randstad, para pedir satisfações. Se a estavam a demitir, porque não me demitiam também? Não foi um gesto lá muito simpático, mas assim aconteceu.

No outro dia, no local de trabalho, a colega continuava furiosa, disposta a não deixar as coisas em pratos limpos. Já nem trabalhou direito e continuou a fazer telefonemas para a Randstad. Foi então que me contou que já lhes tinha falado na véspera e perguntado porquê não era eu também demitida. Responderam-lhe que seria. “Então é melhor telefonarem-lhe a dizer, porque ela não sabe” – respondeu.

A manhã passou, continuei a trabalhar com a dedicação de sempre, e nada de ser contactada pela entidade patronal, a Randstad. Isso deixou a outra colega ainda mais furiosa. Por alguma razão, temia que o machado recaísse só sobre a sua cabeça e não achava justo. E foi então, cerca de 40 minutos antes de terminar o meu horário de trabalho, que, talvez em sequência das chamadas da outra, telefonaram para a empresa a perguntar por mim. Lamentavam mas era para me informar que não devia ir trabalhar no dia seguinte, porque já estava no meu último dia de trabalho.

Quiseram ficar certos que entendi que não devia aparecer para trabalhar no dia seguinte. Repetiram-no, e voltaram a repetir. Preocupava-os que causássemos problemas no local de trabalho e o escândalo gerasse a dispensa dos serviços da Randstad. Esse foi o único receio da Randstad. Fizeram questão de sublinhar que a empresa local de trabalho nada tinha a ver com o sucedido.

E foi assim: fui avisada da recessão do contrato de trabalho, 40 minutos antes deste terminar. Que competência. Que profissionalismo! Não é como se não tivessem tido oportunidade de me avisar com mais antecedência. Afinal, a outra colega estava a remoer o sucedido há dois dias. Ou terá o despedimento vindo em consequência?

Fomos pedir informações ao Tribunal de Trabalho na Loja do Cidadão das Amoreiras. Falámos com mais gente esclarecida no assunto e todas manifestaram algum controle para não desatar a maldizer este tipo de entidade patronal. AO que parece, é comum darem-se erros. Ao que parece, a maioria das empresas funciona interpretando intencionalmente as leis conforme a sua conveniência. Ao que parece, existem muitas ilegalidades nos contratos de trabalho. Levámos os nossos para mostrar e logo foram detectados ao menos três irregularidades. O que me surpreendeu. Ao longo do ano de trabalho, tinham-nos feito assinar três contratos. Todos datados com a data do primeiro. Ou seja: haviam encontrado um erro no original, redigiram outro e pediram para que o assinássemos. Lembro que disseram que o erro nos valores de remuneração podia levar-nos a processá-los para receber o que ali estava estipulado, que era superior ao valor real. Já os meses iam avançados, vieram novamente até o nosso local de trabalho com um outro contrato para assinar, para substituir o segundo e o primeiro.

Com tudo isto, como foi possível redigirem um documento ainda com falhas?

Entre outras coisas que recordo, disseram-me que a lei permite, perante a situação de despedimento por injusta causa, que o lesado passe automaticamente aos quadros da empresa para a qual prestou serviços, como efectivo.

Tinha de me apresentar ao serviço e ainda que estes não me dessem nada para fazer, seriam obrigados a me pagar tal como a qualquer outro funcionário. Convenhamos, era o ideal. Mas soa a ilícito e pessoas com integridade moral não consideram esta via.

Então era isto que a Randstad temia! O escândalo no local de trabalho. Sabiam bem os direitos que nos assistia.

Tivemos também uma reunião com a empresa. Muitos pedidos de desculpa pouco sentidos e foi-nos dito que a carta de rescisão, que a lei obriga que seja enviada para casa do trabalhador no mínimo com 7 dias de antecedência, foi emitida mas deve ter-se extraviado no correio. A minha colega logo pediu um comprovativo do envio dessa carta. Não foi possível apresentá-lo. Claro, nunca existiu!

Parte do processo da empresa Randstad para tentar minimizar os danos a si mesma, foi prometer que nós as duas seriamos colocadas noutros empregos, pois não iam deixar colaboradores seus com uma mão à frente, outra atrás. Prometeram empenhar-se para encontrar um novo emprego, satisfatório e imediato.

NUNCA aconteceu.

Ainda lhes dei o benefício da dúvida e quando me telefonaram com uma proposta (daquelas um tanto estapafúrdias) aceitei com toda a boa fé ir à entrevista. A “nova” entidade patronal ficava fora da cidade. Não por poucos, mas por muitos quilómetros. Fui, fiz a entrevista e fiquei a aguardar o contacto da empresa. Garantiram-no. Sim, pois claro… entretanto o outro processo estava em andamento e depressa o meu nome deve ter sido assinalado na base de dados, como pessoa não-grata, já descartada.

Ainda assim, acreditei na boa-vontade que obviamente não existia. Telefonei para a empresa Randstad, para o novo número, da nova pessoa, encarregue do caso, que tirei do cartão que me foi passado pessoalmente para as mãos. Nada. A pessoa em causa nunca estava. Então um dia desloquei-me até à filial e falei com ela. Preenchi uma ficha e ficaram de me telefonar para dizer PARA QUE DIA a entidade ia marcar as entrevistas, que seriam já na semana seguinte. Disseram-me que telefonavam dali a dois dias, no máximo até segunda feira e caso isso não acontecesse, que entrasse em contacto com eles.

NÃO aconteceu. Entrei em contacto com eles. Mais uma vez, a responsável pela área, a rapariga com quem falei pessoalmente e sob a qual preenchi a minha ficha de candidatura, nunca estava disponível ou presente e ninguém mais podia prestar esclarecimentos sobre o caso.

Há, grande Randstad!

Entretanto, no outro processo de despedimento por injusta causa, a queixa foi apresentada ao tribunal de trabalho. A postura da Randstad foi iniciar uma guerra psicológica. Usam as leis para tornar tudo mais penoso. No caso, faltaram de comparecer ás primeiras sessões de esclarecimento. A primeira da qual, marcada para a minha ex-colega. Apesar da coisa ter acontecido a ambas, cada qual teve diferente representação. Meses se passaram graças ás faltas de comparecimento dos advogados da Randstad. Até que finalmente, no caso da ex-colega, apareceram. Comigo levou mais uma ou duas negas de comparecimento. Tudo indicava que o processo dela corria mais avançado porém, depressa começaram a não comparecer ao dela e o meu adiantou-se. É que após a primeira e única comparição da Randstad à nossa sessão de esclarecimento, devem ter concluído que o mais benéfico para eles seria "dividir para conquistar" e enveredar pelo lado mais fraco.
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Passaram-se muitos mais meses de silêncio. Uma estratégia intencional, para enfraquecer a parte lesada. Contavam que a comunicação entre nós esmorecesse com o tempo e deixássemos de trocar impressões. Quando se decidiram a contactar alguém, foi a ex-colega em primeiro lugar.

Foi uma decisão bem pensada. Apesar desta ser muito reivindicativa e mostrar que sabe os seus direitos, aposto que após a minha sessão de esclarecimento, aqueles advogadozinhos saíram dali preocupadíssimos. É que eu não entro em embolição com facilidade, muito menos quando provocada e insultada.

Esta sessão de esclarecimento foi o primeiro contacto que tive na vida com este universo de advogados. Foi muito interessante! Um microcosmos com uma linguagem própria. Um universo feio, mesmo feio, com muitas pessoas feias, num ataque serrado de palavras.

Como todas as entidades, agem em grupo. Não foi um advogado que compareceu à sessão, mas dois. Um a fazer o número de bad cop, o outro a fazer de menos bad cop. Foram tantas as alfinetadas verbais trocadas entre estes dois tristes jovens e a experiente delegada indicada para o meu caso, que não podem imaginar. Um ringue de boxe, um braço de força, em que a experiência depressa esmagou a juventude. Intimidação. Tudo funciona por intimidação.
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Permaneci calma no meio disto tudo. Respondi por monossílabos “Sim” e “Não”. Provocação alguma me tirou a tranquilidade. Dir-se-ia que não estava capacitada de inteligência suficiente para entender o que se passava. Mas entendi muito bem. Ás vezes censuro-me por ser assim, mas em simultâneo fico contente por o ser. Aqueles advogadozinhos estavam em pânico. Uma pessoa em controle é mais perigosa que a que perde as estribeiras. Assim devem ter pensado, para terem contactado em primeiro lugar a minha ex-colega, com uma proposta para o caso não ir a tribunal.

Quando chegou a minha vez de ouvir a proposta, afirmaram na minha cara: “Já não está em contacto com a sua colega, pois não? Vocês não se têm falado.” Já tinha passado mais de um ano. Mais uma vez, dei uma resposta quase monossilábica: “Sim, temos”. A outra não ficou muito convencida. Sei bem onde queria chegar. Queria saber se eu tinha conhecimento da proposta que eles elaboraram à ex-colega e mais importante ainda, se saberia que ela a aceitou.

Sabia sim. Há quase uma semana que o sabia. Devia tê-lo demonstrado logo ali. Aí censuro-me por ser tão introvertida, que pareço desprovida de perspicácia ou inteligência maior.

Uma vez no decorrer da audiência, apareceram mais advogadozinhos a representar a Randstad. Eram umas três ou quatro cabeças presentes em nome da empresa, se não estou em erro. Três delas advogadas. Mas um deles quase me fez rir. Um rapaz, novito. Estava nervoso, quase que atrapalhado por falar. Depois da aprovação de uma colega com o olhar, começou a debitar um texto que, claramente, tinha estudado. Foi assim que fiquei a saber o que já sabia: o valor da proposta da empresa para o caso não ir a tribunal. Quando terminou, o galinho provavelmente estagiário, ficou contente com a sua prestação. Estava a ser bem ensinado: manteve uma postura arrogante e altiva, e um tom (in)seguro de si. “Esta é a nossa proposta e única proposta. (Bluf). Se não aceitar, então partimos para os tribunais (bluf). É muito boa (mentira), a ex-colega JÁ ACEITOU (tentativa de legitimação), é um valor justo, com base em cálculos do salário que a colaboradora recebia (mentira)”.

O que provavelmente não sabiam é que trazia comigo, dentro da pasta que tinha em mãos, um documento elaborado pela minha representante, com uma estimativa, por baixo, dos valores que me eram devidos por lei, com base na interpretação mínima desta. E por esses valores mínimos, a estimativa era quase tripla do valor da proposta deles. Dois salários – foi o valor que apresentaram. No mínimo, deviam ter sido seis.

Depois aqueles galinhos da advocacia, representantes de grandes valores morais e éticos (ironia), saíram da sala para eu poder escutar os concelhos dos meus representantes públicos.
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Devo dizer, com toda a justiça, que fiquei bem impressionada com estas pessoas. Tanto com a senhora que me representou inicialmente, a delegada da audiência de esclarecimento, que manteve a distância e se limitou aos factos e ás leis, como por estes dois indivíduos. Neles reconheci uma integridade ausente naqueles jovens galinhos advogados. De sorrisinhos cínicos e um amor próprio desmesurado. O tempo todo fiquei com a impressão que fazem falta ao sistema mais pessoas como aquelas. Trabalham com a lei e a justiça sem perder a consciência. Não deve ser fácil. Deve ser duro e frustrante. Lidar todos os dias com inescrupulosos como aqueles galinhos armados em advogados, muita crista eriçada, ofensas, provocações e um total desrespeito pelas leis. Senti pena. Por todos nós, pelo sistema. Pela justiça. Aquelas pessoas deviam ser das últimas sobreviventes de uma época em que a lei é encarada para servir todos, e não apenas os poderosos, sem convenientes distorções. Deviam ter abraçado a profissão com muito amor e terem de exercê-la perante estes “controcionismos”, deve ser frustantemente desgastante e desmotivador.

O número de advogadozinhos como aqueles que a Randstad me deu a conhecer – gente jovem, altiva, arrogante, de postura mal educada, porvocatória e mentirosa, que esboçam um sorrisinho cínico a cada palavra “bem enfiada”, deve ser penoso de assistir. Foi para mim, que não sou da área, um lamentável circo. Imagino o que uma pessoa de bom carácter que trabalha com a justiça sente. São cada vez menos, e cada vez mais idosos…

A conselho destas pessoas, aceitei o acordo. Ir a tribunal era coisa que se arrastaria por anos. Seria necessário chamar testemunhas. Eles sabem que é pelo desgaste que cansam uma pessoa. Não foi a postura, nem as palavras ameaçadoras dos advogadozinhos que determinaram coisa alguma. Foi esta realidade. Levei em conta o conselho daquelas pessoas que já admirava e a minha vontade de colocar o assunto atrás das costas. E só.

A minha motivação sempre foi diferente da ex-colega. Nunca esteve no dinheiro e sim no sentido de justiça. Foi isso que lhes disse: "Só quero que se faça justiça". Explicaram-me os procedimentos e eventualidades das duas vias a seguir: o acordo ou os tribunais, aconcelharam-me pelo primeiro e como expliquei, dei-lhes ouvidos. Não queria ter coisas pendentes que me fizessem ter de lidar com aquele tipo de gente.
Uma pessoa tem de assumir as suas responsabilidades. Uma empresa também. Varrê-las para debaixo do tapete, não é digno. Procurava o justo, não a compensação monetária. Não me arrependo mas acredito que o melhor, para todos, seria ter levado o caso a tribunal. Não seria o melhor para mim, mas podia ser a atitude necessária.

Os sorrisos e risadas daqueles advogadozitos da Randstad à saída do tribunal, contentes porque a reputação da empresa não saiu manchada, deu-me a indicação. Eu tinha a faca e o queijo na mão. Eles sabiam. Há casos por onde podem abrir uma frecha e fazer crer que a pessoa também cometeu falhas. Já tinham mentido para ver se me viam perder a paciência. Mas não comigo. Não tinham mesmo ponta viável por onde inventar fosse o que fosse. Aqueles sorrisos cínicos de auto congratulação, estavam em extase.

Aposto que não entenderam o meu gesto. Nem a nobreza dele.
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Nunca mais lidei com a Randstad. Quando a vejo, passo ao lado. O simples nome é um palavrão. Estes também nunca mais quiseram saber de mim, a pessoa não grata... até um dia.
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Tinha-se passado mais de um ano. Toca o telemóvel e uma voz masculina identifica-se como sendo da Randstad. Queriam saber se aceitava um trabalho. Sabem qual? Uma porcaria!!! Deviam estar tão desesperados por cabeças, que até a mim recorreram, mais de um ano depois.
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Vejam só as condições que ofereciam: local de trabalho: um supermercado longíquo. Zona perigosa, de assaltos. Horário: de manhã até anoitecer, só sábados e domingos. Remuneração: nem chegava a 300 euros.
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Para uma pessoa no mercado de trabalho, isto é proposta que se considere? "Venha trabalhar a troco de tostões. Oferecemos trabalho árduo, más condições, e a eventualidade de ser assaltado com arma branca".
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Fui educada como sempre, e recusei.
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Devia ter dito, indignada: Oiça lá: isso é oferta de trabalho que se proponha a alguém??
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Depois de tudo, ainda cá vieram bater à porta, os descarados...
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Com a Randstad, nunca mais.

sábado, 24 de maio de 2008

My Bridget Jones Moment

Sim, sou mulher, solteira e na casa dos 30. E nunca, nunca sonhei ou desejei casar. Ok? Agora vamos à cena do filme que me fez subitamente perceber que já era uma Bridget Jones involuntária.

Trata-se da pavorosa cena do jantar à mesa. Bridget, a única solteira, acaba bombardeada com perguntas e observações verdadeiramente arrogantes por parte dos restantes presentes. E não é que os casais se comportam mesmo assim? O que se passa com as pessoas, com a sua identidade como indivíduos, que precisam de se agrupar, juntar-se a uma matilha e destilar veneno?

Sem dúvida, existe arrogância na identidade do ser “casal”. Casais só gostam de conviver com outros casais, descartando-se dos amigos solteiros. Mesmo que estes os tenham apoiado muito na vida, mesmo que tenham lá estado nos momentos mais difíceis. Se o indivíduo passa a pertencer à identidade “casal”, cresce-lhe uma arrogância, uma convicção de superioridade, que para cúmulo, o faz olhar de cima para baixo para o amigo solteiro.

Amigos solteiros são bons e lembrados, quando deles precisam. Quando uma babysitter faz falta e mais ninguém tem a vida tão “despreocupada”. O amigo solteiro serve para fazer pequenos favores chatos, que seriam um estorvo na vida de casal. Mas já não é convidado para as festas, passeios ou reuniões de convívio.

E depois, numa mesa de jantar, saem-se com atitudes de superioridade.

Isto leva-me a abordar o tópico do amor. Dizem uns que o amor é ter alguém a quem amar. Para mim este mistério está há muito solucionado. Querer viver um amor não é nada mais que um desejo de raiz egoísta. Não se quer dar. Quer-se receber.

Então, este sentimento que tanto glorificamos, nas relações um-mais-um, não passa de uma atitude egoísta. Amar, na verdadeira essência, é gostar de todas as pessoas com que nos cruzamos na vida. Respeitá-las a todas, gostar de conhecer novas. Amar é, acima de tudo, não querer que isso seja exclusivo.

Depois vêm aquelas pessoas que não são nada quando não são um casal. As “cabras” e “cabrões”, desculpem o termo. Homens e mulheres amargos, azedos, ríspidos no trato, e tudo porque não estão de momento a viver a sua identidade como casal. É egoísmo. Estas pessoas tendem a “amaciar” o comportamento apenas quando o estatuto muda de “livre” para “ocupado”. E ás tantas, tal é a ânsia de nunca ficar “livre”, que qualquer coisa serve. A necessidade de validação, de satisfação egoísta do querer alguém que o valide a si em deferimento aos outros, faz estas pessoas andarem pela vida a “picar o bilhete”. Acaba que nem chegam a conhecer um sentimento verdadeiro para viver a união.

E quem diz que a vida em casal é tão bonita quanto gostam de pintar? A maioria vive de aparências. Mesmo os que avançam nessa direcção o sabem. Mas, por algum motivo, por entre todo este processo, existe uma transformação. Os indivíduos sentem que subiram de “escalão”, são mais “crescidinhos”, têm mais valor ou algo assim. Ou então guardam as frustrações pessoais resultantes da relação monógama e quando vêm um solteiro pensam: Há! Aqui está um que não faz parte da matilha! Vou-te morder!

Inveja?

E eu nem sequer sou de ir ver ao cinema filmes como o de Bridget Jones. Foram precisos anos de repetição na televisão para, então já na casa dos trinta, perceber que já tinha experimentado o meu momento Bridget Jones. E mais virão…


Que se lixem os casais!