quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fanatismo Extremista através dos MEDIA


Tenho de falar sobre um fenómeno. Um fenómeno que ocorre entre as massas, que acontece com mais regularidade do que gostamos de admitir. É um fenómeno que me preocupa bastante. Não sei bem que nome lhe dar e decerto que haverá um termo mais preciso para o definir, mas acho que o conheço bem. TRATA-SE do FANATISMO.

Falo do FANATISMO EXTREMISTA, que ocorre entre as MASSAS após algo ser vinculado através dos meios-de-comunicação, em particular a TELEVISÃO. Por isso não vou usar como exemplos rixas entre adeptos de clubes de futebol ou defensores ferrenhos. Vou antes dar como exemplo deste fenómeno, Orson Welles e Adolf Hitler.

Quem?? Esses dois??
Sim. Para muitos não será novidade, para alguns talvez seja. Adolf Hitler foi um grande MANIPULADOR das massas. Ele percebeu o poder dos meios de comunicação e utilizava a rádio para emitir os seus discursos por toda a parte. Passou a controlar os conteúdos emitidos. Mas basta recordar aquelas imagens das multidões a prestar-lhe reverência, para entendê-lo. Imagens essas que hoje existem porque Hitler acreditava que devia documentar tudo o que estava a fazer. Algo que acabou por funcionar contra si mas a favor da Humanidade porque, tem de ser dito, se não existissem filmes das atrocidades cometidas, fotografias e documentos, será que hoje a humanidade ia acreditar no que aconteceu? Longe da vista, longe da percepção... é o que ainda acontece pelo mundo. Massacres, Genocídios, fome, guerras... Como todo o «bom» ditador, Hitler era um indivíduo perigosíssimo, capaz de cometer qualquer acto desumano. O «legado» que deixou documentado e registado em vídeos e imagens não deixam dúvidas.
Mas como era ele pessoalmente, entre os seus? DESCRITO como um CAVALHEIRO, muito educado, cordial e gentil. Charmoso com as MULHERES.
.





Orson Welles foi um actor, director e dramaturgo americano que em 1938 e com 21 anos trabalhava como director e locutor de rádio. Era noite de Halloween, as pessoas andavam a questionar-se se os EUA iam entrar na 2ª Guerra Mundial e é neste contexto social que Welles decide interpretar no seu programa um episódio do romance "A Guerra dos Mundos", escrito por H.G. Wells, onde é relatado uma invasão por extraterrestres. A escolha foi pensada e não derivou de um acto inocente como se perpetuou mas a realidade é que este relato assustou alguns ouvintes, que tinham falhado o aviso inicial de se tratar da adaptação de uma história. Alguns telefonaram para a estação e outros pensaram coisas piores e prepararam-se para a invasão alienígena. Embora depois tenham exagerado nos relatos de PÂNICO que a emissão causou e Orson Welles tenha aproveitado a atenção recebida para fazer mais publicidade e acrescentar uns tantos pontos na história, ele conseguiu o que pretendia: MANIPULAR os ouvintes.




Orson Welles veio a público acalmar os ânimos. "Não é verdade" - teve de esclarecer nas entrevistas, entre rejubilo pessoal. Depois deste episódio que orquestrou ficou conhecido por todo o país, acabando por entrar no mundo do cinema. Foi outra figura a utilizar a Rádio para se promover e MANIPULAR pessoas.

No post anterior falei de OJ SIMPSON. Em 1994 esta ex-estrela de futebol americano de bom porte e aparência sentava-se no banco dos réus a ser julgado pelo assassinato da ex-mulher e de um amigo, ocorrido em casa desta com os filhos do ex-casal a dormir no andar de cima. Estranhamente a chacina deu-se fora da habitação, no haal do jardim. O julgamento é televisionado, com emissão em DIRECTO e sem interrupções em alguns canais de informação. Lembro-me de assistir através do satélite a um desses canais: a CNN.


Mas o que me afligiu foi perceber que os Americanos não estavam a olhar para o caso com olhos de ver. Alguns talvez sim mas existiu uma maioria televisionada que se deixou levar por outros critérios. Existe muito «circo» e muita PROPAGANDA em casos de julgamento. A defesa parece uma matilha de cães raivosos que tudo vão buscar ou INVENTAR para ilibar o seu cliente. A fortuna e fama de OJ «comprou», ou melhor, OBSTRUIU a justiça. Decerto que uma das estratégias passou por contratarem pessoas para irem fazer manifestações à porta do tribunal e em frente às câmaras das televisões mundiais. Mas a coisa acabou por pegar tão bem que depressa ocorreu uma ONDA NACIONAL de apoio incondicional a Simpson.

Mulheres e homens, na maioria negros como o acusado, gritavam e protestavam a sua inocência. Acusavam a sociedade de ser racista. Nicole, a ex-esposa assassinada com cerca de 17 FACADAS era branca. O povo estava a olhar para a «embalagem» e não para o acto. Deixou-se claramente MANIPULAR por todas as acções dos advogados de defesa.


A pobre Nicole até pareceu ser uma protagonista secundária no julgamento do seu próprio assassinato. Poucos falavam dela, pensavam nela e na forma violenta e passional em que morreu. Só se lembraram de ver a coisa por cores: PRETO E BRANCO. (deviam lembrar era do vermelho-sangue). Parecia que uma maioria ia para os telejornais defender a imagem de SIMPSON de forma muito acérrima, doentia até. Preocupava-me muito este tipo de comportamento.


(nota: fotografias susceptíveis de impressionar. Nicole foi quase decapitada à facada. O estado do amigo denuncia a violência do acto. Mas como é esta a realidade escolhi publicar as ilustrações. Para quem gosta de ficar mais informado, descobri no processo o suposto relatório de autópsia)

Sabe-se hoje que OJ Simpson é culpado e cometeu os gestos que conduziram ás fotos acima reveladas. É um ASSASSINO. Mas foi inocentado. A proclamação da sua «inocência» alegrou muitos apoiantes e foi dito que, caso isso não acontecesse, a população estava pronta para realizar motins e distúrbios racistas. Senti que aquelas pessoas a dar a cara, que choravam compulsivamente ou gritavam de felicidade, iam acabar por ser confrontadas com estas suas acções. Quando a poeira assentasse e elas fossem olhar para os factos novamente e reflectir na atitude que tomara, teriam de «engolir» o que estavam a fazer. PASSADOS TANTOS ANOS, este FENÓMENO MEDIÁTICO AMERICANO que foi o julgamento de OJ Simpson, não produziu nenhum documentário ou filme de análise. Ao contrário do que esperava não foi ainda fruto de grandes análises psicológicas, como os americanos tanto gostam de fazer. Esperava voltar a ver alguns daqueles rostos que em 1994 surgiram em defesa de Simpson de volta à televisão, a dizer agora como se sentem. Mas não. Ocultaram o fenómeno em vergonha, só pode...

Sobre os atentados do 11 de Setembro de 2001 já se fizeram inúmeros documentários, filmes e programas. Um deles mostrava uma consequência interessante mas negativa para a sociedade e estrutura familiar... As viúvas dos bombeiros do 11 de Setembro foram consoladas por colegas do falecido marido, um gesto comum de camaradagem entre a profissão. Como consequência desta aproximação emotiva, muitos destes bombeiros casados, pais de família, deixaram as esposas para se juntarem ás viúvas. O 11 de Setembro também teve como resultado um impressionante aumento de casos de divórcio entre Bombeiros que fizeram parte das buscas. É um fenómeno social interessante que resultou numa desestrutura familiar sem precedentes: "as viúvas e as não viúvas de bombeiros que acabaram divorciadas" pós-11 de Setembro. Podia ser um facto de desconhecimento geral, contudo não é. Teve, como costuma ser hábito americano, documentários para reflexão. Porquê, aparentemente, o caso de OJ Simpson continua na penumbra?

Mais recentemente e em solo NACIONAL ocorreu um bom exemplo de um destes fenómenos de fanatismo das massas através de um meio de comunicação: a TELEVISÃO. A emissora TVI exibiu um reality show de nome "Casa dos Segredos 2", que chegou ao final no dia 1 de Janeiro. Este programa em particular, embora não vá marcar por aí além a história da televisão porque os reality shows já perderam essa capacidade, foi um dos mais interessantes e ricos em termos da diversidade de personalidades e da análise que o diferente público fez de uma mesma situação.

Como acontece na estrutura da maioria dos Reality Shows, este pautou-se por gerar muitas opiniões contrárias. TODOS viam a mesma coisa, mas cada um tinha uma interpretação por vezes surpreendentemente diferente. Não é por isso de espantar que entrasse na equação desta análise o factor "idade" e "género", para se tentar entender o porquê das opiniões contrárias.

O caso mais exemplificativo encontra-se no concorrente que acabou por se singrar vencedor. João Mota, um rapaz de 21 anos com pretensões para virar actor de televisão. O seu comportamento dentro da casa logo de início caracterizou-se pelo ISOLAMENTO dos restantes concorrentes. Se inicialmente esta atitude foi atribuída como consequência da possessividade de uma concorrente feminina de nome Fanny, que não largava o rapaz nem de dia nem noite, com o tempo começou a perceber-se que o concorrente João gostava de estar separado dos restantes. Começou a afirmar que ninguém ali prestava, acabando por chamar nomes a todos: "Este Paulo é um gajo que só anda por aí a mostrar o rabo, não faz cá falta nenhuma", o Marco era "o macaco, um nojo, não percebia como ainda estava ali", a Daniela P "Não confio nela, fala muito mas não diz nada", a outra Daniela "Uma falsa, uma cobra" e todos, sem excepção, acabavam por merecer por parte do concorrente uma avaliação cheia de adjectivos surpreendentemente nada favoráveis. Na realidade, percebeu-se que João Mota não gostava de ninguém e falava mal de todos, excluindo apenas os poucos com quem estabeleceu alianças. Depois também começou-se a perceber o quanto manipula as nomeações. Para o efeito usava sempre a Fanny, que o defendia acima de tudo, e a mandava indagar e convencer as colegas a votar em quem ele pretendia. Depois quando havia confusão e brigas, ele e o parceiro, Miguel, ficavam isolados e longe da confusão. Como mentores, arranjaram a marionete Fanny. Que não era santa alguma, a rapariga entrou na casa noiva mas em 48 horas agarrava-se muito explicitamente a este João.

João Mota descrevia-se como uma pessoa humilde. Disse que não falava mal de ninguém e se fizesse alguma coisa era porque já lhe tinham feito primeiro. Mota dizia isto e por uns tempos a maioria acreditou, mas como não o demonstrava em acções, depressa a opinião pública começou a mudar. Mas não para alguns. Alguns, perante tudo e mais alguma coisa, mantiveram-se de pedra e cal na defesa da imagem do «menino-lindo».

O ponto de viragem foi a expulsão de um novo aliado do grupo de Mota, Paulo, que revelou seguir a mesma "cartilha" moral de João. Foi nas semanas seguintes que este concorrente destilou tanta maledicência e ódio por tudo e por nada que acabou por tirar quaisquer ilusões sobre o seu verdadeiro carácter. Na casa, João disse coisas atrozes, como desejar a morte a colegas e encabeçar planos para esconder e envenenar comida. Mas por acaso tinha ele integridade para debater algo que o chateasse com a pessoa com quem estava chateado? Será que ele dirigiu-se a alguém para iniciar uma conversa e esclarecer o que o incomodava? NÃO. Pela frente não dizia nada e até era capaz de ser falso e covarde, dando a entender que estava tudo bem quando minutos antes tinha estado a falar muito mal. MUITO PREOCUPANTE. Incapaz de se mostrar outra coisa senão «cordial», ainda que de forma pouco convincente e assustadoramente fria. Manteve, durante três meses, distância de todas as pessoas. Excepto daquelas com quem
estabeleceu uma aliança: Fanny e Miguel. Estes três depressa estabeleceram grupos na casa: o do quarto azul - onde dormiam e os do quarto rosa - todos os restantes. E começaram, para meu espanto e preocupação, a auto-dominarem-se OS PUROS. Só eles é que tinham a razão, eles tinham os comportamentos exemplares, eles é que faziam tudo bem. OS BONS.

Esta alusão à PUREZA e a determinação em eliminar os "Impuros" como chegaram a referir-se a outros concorrentes, faz lembrar aquilo que foi a base dos planos de Hitler aquando o Holocausto - matar todos os que não fossem de raça ariana PURA. Porque analisando bem as coisas, ali estavam aqueles dois rapazes de 20 e poucos anos a ter comportamentos que podem servir de sinal para detectar um indivíduo com potencial perigoso: formação de "quadrilha", ideologia "purista", separatismo, planos de conspiração, manipulação, actos de vandalismo e de atentado à integridade de terceiros.

Contudo depressa a aparência de João Mota gerou uma onda de apoiantes. A grande maioria, sem dúvida, feminina e criança. Numa faixa etária diria que nos 12-14 anos (maioria). Como sei que se alguém tiver paciência para ler todo este post de análise e reflexão sobre o poder dos media na MANIPULAÇÃO DE MENTALIDADES vai logo perguntar de onde tirei esta «estatística», digo já que é pessoal, obtida através da idade admitida ou "denunciada" dos apoiantes que se manifestaram em blogues, facebook e entrevistas de televisão.

Este programa em particular, embora não vá marcar por aí além a história da televisão, foi um bom exemplo para analisar os efeitos da TELEVISÃO na MENTALIDADE do PÚBLICO. Tal como o julgamento de OJ Simpson teve mulheres histéricas a proclamarem a beleza como sinal de inocência, o mesmo aconteceu com João Mota aqui no singelo Portugal e no pequeno Casa dos Segredos2. Uma vez o programa terminado é que se vai ver, tal como sempre acontece, como o público vai reagir fora do calor do momento. Muitos continuam ainda com as hormonas a falar mais alto e atacam, à mínima contrariedade, qualquer opinião não positiva sobre o concorrente vencedor. Os elogios que lhe fazem dificilmente passam do "é lindo" e é "humilde", coisa que caiu por terra na sua prestação na casa.

Na perspectiva de análise dos efeitos dos MEDIA na mentalidade das pessoas, gostava de saber qual é a opinião deste público «defensor acérrimo» daqui a uns anos, quando já tiver acumulado um pouco mais de experiência de vida. Se voltassem a rever cada imagem, continuariam a achar que estão a olhar para um homem «lindo e humilde» ou também já seriam capazes de lhe reconhecer graves defeitos que uma maioria adulta depois lhe reconheceu?


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Paco Bandeira - um predador em praça pública?




É história que corre na imprensa, e esta nem está a ser muito evasiva. O processo que a ex-mulher de Paco Bandeira tem a correr em tribunal onde o acusa de violência Doméstica, maus tratos, posse ilegal de arma e devassa da vida privada.



É um tema que merece reflexão. O número de mulheres assassinadas em Portugal vítimas de violência doméstica tem vindo a aumentar. O protagonista é só o catalizador para se falar de algo maior. Mas se acho que o homem é culpado? Claro. Não tenho já dúvidas.

Existem muitos com uma mentalidade parecida à que é descrita. Quase sempre as mulheres que elegem como a mulher-cabecilha - aquela que publicamente pode ser considerada a sua mais-que-tudo enquanto vão tendo outras de lado, ficam PERDIDAMENTE APAIXONADAS. Tudo o que um homem destes lhes diz, por mais absurdo que seja, é verdade. Eles manipulam-as.

E se alguém de fora, um
amigo de longa data ou um familiar próximo alguma vez disser uma palavra contra o amado, a mulher já sofreu uma brainwash eficaz o suficiente para se sentir traída e ameaçada por aqueles que conhece há mais tempo. Rompe até laços. Fica ainda mais de pedra e cal junto do homem que tanto ama e que a manipula sem se dar conta. Ficam CEGAS para os ténues sinais de que algo está mal. Porque nunca se sentiram tão apaixonadas.

É O estratagema de eleição de qualquer predador: cativar a vítima. Aquela que ficar mais cativada e se mostrar mais propensa a ser domesticada, vira a cabecilha. Tem de possuir algumas qualidades, normalmente são sempre mais NOVAS, porque a imaturidade ou a inexperiência facilita. Podem até preferir mulheres com um certo QI, com uma profissão, com cultura e formação, até porque são viciados no desafio de transformar uma mulher forte e segura num trapo emocional. Mas escolhem sempre mulheres que correspondam AO PERFIL que pretendem.

Aos poucos e sem elas se darem conta, este tipo de homem vai tomando conta de todos os passos das parceiras. Está sempre presente, mesmo quando não está. Muitas vezes mandam instalar sistemas de vigilância para garantirem o controlo à distância. Estas mulheres estão sobre supervisionamento constante. É a materialização da paranóia. Qualquer passo em falso pode custar-lhes a VIDA.

Quando acontece um problema e dá-se uma discussão, a mulher acaba muitas vezes a se sentir responsável e a perguntar a si mesma se fez algo de errado. Acha que sim, pede perdão, volta tudo à mesma...

Eles controlam-lhes os horários, o que fazem, com quem andam, com quem falam ao telefone, contam a quilometragem do carro, mandam ou eles mesmos se põem a seguir as mulheres e estão constantemente a TESTÁ-LAS. Têm propensão para achar que estas lhes vão ser infiéis, pelo que a maioria das discussões têm sempre este catalisador.

Vêm ameaças em todo o lado. Eles próprios não são fiéis mas, de alguma forma, a infelidildade não se aplica a eles. Existe sempre um BOM MOTIVO para a parceira MERECER a traição. Que nem traição é. Nunca o admitem. Mesmo em casos de reconciliação, a responsabilidade raramente é realmente assumida e sim impingida a atitudes incorrectas da parceira.


No caso particular deste artista, que de resto não é por ser artista que me interessa, foi ao ler uma notícia do seu comportamento em tribunal que não tive mais dúvidas. Tudo pode não passar de suspeitas mas quando um homem surge na imprensa todo cheio de SORRISOS, ladeado por mulheres para ficar bem na fotografia, faz PIADAS sobre o processo de que está a ser acusado, e depois de fazer este "número", vira-se para os jornalistas e diz algo parecido ao "NÃO FALAR COM A IMPRENSA QUE NÃO VALE NADA", algo não está claramente bem.



É uma personalidade claramente cheia de dualidade. Podem ser muito perigosas. Claramente, pertencem ao confinamento supervisionado. Não devem andar à solta entre a sociedade. Um dia o dia corre-lhes menos bem e qualquer inocente pode virar vítima. É uma personalidade obsessiva, doente e nem anos de investigação dos psicólogos mais bem intencionados conseguiu irradicar este distúrbio das mentes mais perversas da história da criminalidade. Será que vai ser sempre preciso um acto horrendo cometido na presença de centenas de testemunhas credíveis para se entender, já TARDE DEMAIS?


Quando li, há uns anos, que a esposa deste senhor cometeu suicídio com um tiro na cabeça pensei: "Que horror! Coitado também, não é fácil ter de conviver com isto". Depois li mais um bocadinho da história e fiquei de boca aberta. Então não é este estava presente quando a morte aconteceu? Já nem se trata de conviver com a perda, mas com a MEMÓRIA dela! Suspeitas existiram de que podia ter sido assassinato e não suicídio devido ás imensas brigas do casal mas provas a apontar para isso NADA! E claro, defendo sempre que sem algum tipo de prova ou indicação não é moralmente aceitável deixar a ideia prevalecer.


Mas sabemos nós todos que, não é preciso a mão de uma segunda pessoa a pressionar o gatilho
para esta ser responsável à mesma. AS PALAVRAS podem servir de gatilho. Anos e anos de maus-tratos, violência verbal, psicológica, física... ameaça contra terceiros como a vida de filhos, pais, amigos... anos disto e num momento aceso de uma discussão o alívio pode estar ali numa arma estrategicamente colocada sobre a cabeceira pelo «atencioso» esposo...

Isto se não formos a pensar o pior, que é o forjar o acto. Mas para este tipo de personalidade controladora dá mais gozo LEVAR TERCEIROS a cometer loucuras. Gostam de torturar e manipular. Fazem-se sempre de vítimas e costumam ser bons a convencer os outros disso.

Desconfiem sempre de um homem com MUITOS SORRISOS E AMABILIDADE...

Poucas histórias que li sobre casos reais de assassinos de esposas não começam com "ele era o homem da vida dela. Ela contou-me que estava muito feliz e que nunca se sentiu tão apaixonada. Tinha encontrado o "tal"." Mas depois deixou de sair com os amigos, não podia sair de casa, não podia falar ao telefone, não podia ter carro, ele ia ao computador ler-lhe os emails, ia buscá-la ao emprego, pediu-lhe para abandonar o emprego...." Etc. Não faltam exemplos, mas todos falam do mesmo TIPO DE HOMEM.

É uma lição que pode ser valiosa. DESCONFIEM!

Por mais inteligentes que estas mulheres sejam- porque muitas são grandes exemplos de sucesso, não vêm nada disto a acontecer até ser tarde demais. Porque estão PERDIDAMENTE APAIXONADAS. A paixão CEGA é a ARMA que o PREDADOR utiliza para PRENDER a sua PRESA. Depois é o medo.


Cuidado com os "sempre-sorridentes-com-passado-complicado-mas-eu-não-fiz-nada-os-outros-é-que-me-querem-tramar-és-tudo-para-mim-para-todo-o-sempre". OK?

Links úteis:
http://www.apav.pt
http://manualmediavd.blogspot.com

LEMBRAM-SE DE OJ SIMPSON?
Foi a tribunal acusado de assassinar à facada a ESPOSA e o melhor AMIGO. Sinais de um crime bastante passional.

Foi um caso demasiado mediático como só nos EUA consegue acontecer e emitido em directo pela televisão. Durou 372 dias. MUITOS defendiam a inocência de OJ Simpson apenas porque é preto. Num país que vive imerso na culpa do aparthaid e numa altura em que acusar um negro do que quer que fosse era apontado com um ACTO DE RACISMO, esta figura pública que alcançou a fama como jogador de futebol americano acabou por ter muitos a proclamar a sua inocência a todo o custo, acusando o sistema jurídico de PERSEGUIÇÃO RACIAL. Até se fizeram motins. E foi assim que muitos defenderam com todas as forças um ASSASSINO. Porque acredito que ele era o responsável por aquelas mortes. Para mim absolveram um assassino. Não só tinha motivos, como fez ameaças, como as provas indicavam para isso. Mas o «circo mediático» foi tão forte que foi preciso a poeira assentar para as vozes que pediam para olharem para os factos pudessem ser ouvidas com mais clareza.

De resto não é tão incomum assim, levando em consideração que assassinos como Charles Manson mantinham um rol de fãs femininas depois de provada a culpa e mesmo estando já atrás das grades. Só porque era "lindo" (brrrrr!). Nem tão pouco deixa de acontecer mulheres livres e correctas «apaixonarem-se» por prisioneiros, trocarem correspondência, casarem na prisão e depois os acolherem em casa. Algumas acabam mortas... vai-se lá entender o fascínio que alguns sentem por PERIGOSOS SERIALL KILLERS.

OJ Simpson foi inocentado e rejubilou. Multidões de apoiantes rejubilaram até às lágrimas. Ainda tentou escrever um livro onde descrevia detalhes do crime, já que nos EUA não se pode ser julgado por um mesmo crime duas vezes. E dava-lhe para «brincar» com o assunto, como o demonstra a foto acima. Mas com isto quero apenas chamar a atenção para algo que acredito. Acredito mesmo que, cá se fazem, cá se pagam. Porque onde está OJ Simpson hoje? NA CADEIA.

Está preso por ASSALTO à mão ARMADA. Formação de quadrilha e sequestro. Condenado a alguns bons anos de prisão. Invadiu a casa de alguém para roubar artigos que um dia autografou aquando a sua grande fase de ESTRELA DE FUTEBOL AMERICANO. Agora eram valiosos e lá achou que os tinha de roubar, após ter feito ameaças de morte. Isto foi tudo o que li numa pequena notícia numa revista, mas decerto existiram actos mais vis, como a acusação de sequestro deixa transparecer.

Mas desta feita já ninguém proclamou a sua inocência. Não existiu mediatismo e quase que o facto passou despercebido, como se fosse vergonhoso. Muitos tiveram de "engolir" as palavras de apoio, inocência e integridade que lhe proclamaram. Pelo menos assim o achei. Na altura do julgamento tantos o defendiam de corpo e alma... davam tudo por ele. Choravam, gritavam, rezavam, faziam promessas... Faz-me muita impressão estas reacções colectivas obsessivas, parecem pragas contagiosas. Não estão a enxergar a pessoa pelas suas acções, mas pela sua aparência e carisma... Ainda hoje se vê este tipo de «doença» por figuras mediáticas com um palmo de cara...

Fez-se justiça? Talvez injustamente aos olhos da moral dos familiares das vítimas e daqueles que prezam a verdade. A família da esposa e do amigo nunca ficarão em paz por não o ver responsabilizado. Muitos criminosos, ainda que se desconfiem que foram os autores de alguns crimes, acabam condenados por outros, simplesmente porque o sistema assim o permite com mais facilidade ou porque as provas só ajudam um caso, não outros. Mas acabam presos. E é nisto que acredito: cá se fazem, cá se pagam e são as próprias acções que acabam por conduzir o criminoso a uma punição. Ele pensou que tinha escapado impune e dedicou-se ainda mais ao crime, já que havia se safado tão bem de algo tão grave. Mas se os homens não conseguirem justiça, Deus a trará. Deus ou as vítimas, lá do outro lado.

Outros blogues de interesse:
http://laribonora.blogspot.com/2010/11/violencia-domestica-atinge-criancas.html
http://feministasbemresolvidas.blogspot.com/2011/03/violencia-domestica.html