sábado, 24 de novembro de 2012

Os toques do telemóvel dizem quem sou

Não sou muito chegada a telemóveis.
Aliás, tenho a certeza que não preciso deles.

Mas já tive alguns. O primeiro, o famoso e amoroso Alcatel One Touch Easy (um trambolho para os dias de hoje) terá sempre um lugar no meu coração, pela simples razão que me permitia falar usando pilhas convencionais (formato AAA). Quando a bateria ia abaixo era um grande inconvenientemente, que tinha sempre solução. E não era preciso esperar 4h, o tempo que levava (acho eu) a carregar a bateria novamente, para voltar a conversar.

Mas nunca liguei muito a esta invenção. Marcas, modelos, passam-me completamente ao lado e nunca ambicionei ou invejei a «sorte» de alguém com a "última novidade" nas mãos. Os telemóveis que tive foram-me oferecidos e nem senti necessidade de substituir o meu trambolho Alcatel easy por um mais pequeno e prático. Fui «forçada» a fazê-lo, senão levariam a mal...

Actualmente, como não necessito dele para trabalhar, nem bateria tem... desligado que fica semanas a fio, assim não me aborrece. É um telemóvel em 2º mão, que tomei emprestado de alguém que fez um "upgrade" e me dispensou aquele. Faz quatro anos que o tenho, está velho, todo riscado e perdeu quase toda a cor cromática que possui. É também um modelo curioso, pois ninguém, nem mesmo mãos experientes, consegue lhe acertar as horas ou sequer dar com o maldito menu. Pelo que está também a tornar-se inútil. 

Mas nem por isso me apeteceu substitui-lo. Ontem porém, senti vontade de ter um TOQUE DE TELEMÓVEL específico. Ouvi uma melodia que apelou à memória emotiva e logo percebi que tinha de a ter como toque do telemóvel. Até o som de aviso de mensagem tinha de ser um específico. Mas como acredito que cada aparelho tem o seu toque, como uma identidade que lhe pertence só a ele, jamais mudaria o som ao meu velhinho, que não vou aqui revelar o toque que tem, mas adianto já que é um que tem tanto a ver com ele que sempre gerou comentários.

E era isto que vinha aqui dizer. Não ligo a telemóveis, mas o toque que todos eles tiveram sempre foi especial. Sempre foi PERSONALIZADO. Quando ainda não existia quase nada de toques para telemóvel e quase todas as pessoas usavam apenas os sons polifónicos que vinham fornecidos com cada aparelho, já eu andava com o «meu toque». E cada vez que ele tocava, a sala se espantava... Alguns queriam que lhes desse um toque igual e embora não tivesse dado igual, dei-lhes parecidos, dei-lhes também uma "PERSONALIDADE" própria e única.

Porque convenhamos... andaram todos com o mesmo toque de telemóvel é algo impessoal para caraças. Não me importa se é o toque da moda, se está na bera, se é a música do artista favorito... isso não o torna nada especial, muito pelo contrário, mas algumas pessoas achavam-se o máximo por possuírem o "último grito" de telemóvel e toque, ainda que, quando na presença de outras pessoas com a mesma sorte, quando um telemóvel tocava se viam na obrigação de dizer: 
-"É o meu ou é o teu?"

Não precisei de colocar essa questão. Quando o meu tocava, era só meu.
Pessoal.

E por isso agora, até porque me sinto numa outra fase espiritual, preciso de outro toque de telemóvel... não gosto de músicas, gosto de toques polifónicos e de sons. Já sei o que quero ouvir, agora só me resta encontrar um telemóvel muuuuuito simples, prático, que não seja cá touch screen nem me faça dar pancadinhas (farta de teclar estou eu) nem esfreganços com um dedo num monitor para que funcione e me mostre o que pretendo. Quero um que obrigue apenas o meu POLEGAR a trabalhar... e que permita personalizar os toques. 

E por isso o título deste post...
Desculpem o tema tãããoooo interessante...
Deve existir uma conjunção astrológica que impede temas mais sociais ou políticos em blogues por estas semanas. Ou isso ou é o efeito da proximidade do Inverno, do Natal, do frio... ou é mesmo esta m#rd@ em que o país anda metido!  
Falemos então da importância de... telemóveis!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Partilhe as suas experiências e sinta-se aliviado!