quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Para refletir no... KARMA


A propósito de um vídeo que encontrei no youtube...  

Quando era adolescente conheci uma rapariga que gostava de pregar partidas telefónicas. A primeira, única e última vez que o presenciei não gostei NADA. Ligou para uma linha de apoio e ajuda a fazer-se de aflita, gozando com uma situação séria. Desligou o telefone ás gargalhadas, descrevendo detalhadamente a preocupação da voz que do outro lado da linha a tentava ajudar.      

Toda aquela excitação se resumia ao acto de pregar partidas telefónicas. Fez-me jurar que não contava a ninguém o que fazia para se divertir. Não contei mas também não compactuei. Fazer pouco das pessoas ou ignorá-las quando nos procuram nunca fez parte de quem sou, nem durante a suposta fase terrível da adolescência a que este episódio remota. Por isso, não encontrei naquela "brincadeira" motivos para rir. Não me identifiquei com aquilo e também me incomodava outro hábito que ela tinha, que consistia em ignorar uma senhora cega que se aproximava dela chamando-a pelo nome e não obtinha resposta. A senhora já com um pouco de idade esticava o braço para a sentir com as mãos ao que ela se desviava e permanecia muda. Depois chamava-lhe nomes. Não gostei.  

Vejam agora o vídeo que coloco abaixo. É que o destino encarregou-se de dar uma lição à pessoa que descrevi. Quando soube o que lhe aconteceu fiquei mergulhada em compaixão, tive vontade de ajudar, vieram-me as lágrimas aos olhos... mas imediatamente entendi. Muitas vezes nos perguntamos porque é que certas coisas terríveis acontecem. Talvez, só de vez em quando, a resposta está em nós mesmos. 

Tomando o exemplo que conheci e aplicando-o no do vídeo abaixo, se a história se repetir, a pessoa que fez este telefonema ou alguém que ama mais do que a si mesmo, vai descobrir o que é estar numa cadeira de rodas e cag***-se todo e a precisar de ajuda para tudo e mais alguma coisa. 

Será que existe Karma?




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