domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Papa renuncia


Bento XVI vai renunciar.

Gosto deste Papa. Apelou à paz universal e ao entendimento entre as diferentes religiões como nenhum outro. Numa primeira avaliação superficial com base em apenas a imagem do rosto de Bento XVI, não se ganha grandes simpatias. Ao contrário de João Paulo II, que tinha um rosto carinhoso, Bento XVI carrega uma expressão mais pesada. Mas como diz o ditado, que vê caras não vê corações. Pelo que descobri da pessoa através de um documentário aquando a sua visita a Portugal faz quase 3 anos, só consegui foi admirar o ser humano. Um homem que quando fala, sabe o que faz e tem uma forma de se expressar que parece entrar diretamente no entendimento de qualquer um. Seja esse um cristão ou não cristão.

Não entendo muito de religião. Ou não entendo nada. E o que é que existe para entender? Também não sei. Religião será como política? Política será como religião? O que de facto entendo nisto tudo é intrínseco e me basta. O resto, todo o «miticismo» presente em todas as culturas e religiões em torno da figura humana ou animal de um "Deus", uma entidade soberana e milagrosa, é provavelmente folclore. 

Julgo que este Papa, pelo perfil que lhe descobri, era a pessoa certa para a posição de líder da religião católica. Porém, até que ponto um Papa influencia ou governa a Igreja? Se for como o Presidente da República governa o país... é pouco. Se calhar nada, se calhar pouco, se calhar sufoca como um prisioneiro de tortura moderna dentro de uma prisão de ouro...

Bento XVI vai renunciar e voltar a ser tão e simplesmente aquilo que sempre foi: Joseph Ratzinger. A pesar do pequeno pesar, é uma boa notícia. Vai acabar por ser um acto que entra para a história da igreja católica e poderá vir a ser um exemplo com descendência. Tirando o lado «político», ainda bem para ele, que vai poder dedicar a restante vida ao que lhe der prazer - pelo que entendi do documentário sempre foram os livros. E sabe-se lá de que grilhões se vê livre. 

2 comentários:

  1. Foi um papa não convencional, até mesmo na forma como sai do papel que tem.

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  2. "Julgo que este Papa, pelo perfil que lhe descobri, era a pessoa certa para a posição de líder da religião católica. "

    Tenho de discordar! Se tiveres paciência lê o que escrevi do que se passou durante o seu "mandato"

    Foi triste, uma vergonha.

    Saudações alienígenas

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