sexta-feira, 28 de março de 2014

A extraordinária inteligência infantil

Como é possível que uma criança de 21 meses que gosta de automóveis ao ver passar um carro preto reconheça o modelo? 


É verdade. Estava com uma ao colo enquanto alguns carros pretos passavam. Nisto passa um que é o exato modelo do carro da progenitora e a criança aponta e diz: «mãe». Quando olhei só tive tempo de reparar na retaguarda e perceber que se tratava do mesmo modelo sim. Mas como a criança o percebeu muito antes de mim e entre outros carros pretos isso é que é fascinante!


Ah, e ainda não contei como é que esta criança se comporta quando segura um telemóvel. Pois não é preciso muito para adivinhar... parece que sabe mexer melhor neles do que eu! E aqui a sua inteligência também se destaca pela extraordinária capacidade de diferenciação. Se nas mãos segurar um telemóvel de última geração, a criança passa o dedo pelo ecran táctil. E vê as imagens a mudar. Se for dos antigos, carrega nos botões e sem se enganar na direcção (é surpreendente). Não coloca o telemóvel ao contrário e leva-o ao ouvido.

Conhecem os desenhos Pocoyo? Pois a criança estava a vê-los quando o narrador pergunta: "Sabem a quem é que o Pocoyo pode pedir ajuda?"
Subitamente a criança responde: «Pato». Nitidamente e bem pronunciado.

Quase diria que não estava a prestar muita atenção à história pois não para quieta mais que uns breves segundos mas aqui reside o fascínio que nutro por crianças. São esponjas que absorvem tudo com uma extraordinária e invejável capacidade. Diria até que seus cérebros são aptos de registar audio e video como se uma câmara se tratasse. E é isto, exatamente isto que mais me fascina em tudo o que diz respeito ao surgimento de uma nova vida. É esta capacidade progressiva, rápida e surpreendente para assimilar e aprender. E ao mesmo tempo que são assim, são também frágeis, se não estivermos por perto a cuidar e a prestar atenção podem magoar-se a sério e também, mesmo diante de toda esta extraordinária capacidade, há tanto que ainda não sabem. Há tanto que desconhecem. 


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