quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Só sabem gritar por alá


Sobre este vídeo «viral», tenho a dizer uma coisa:
Porque raio teve de ser um miúdo a ter os "tomates" de ir remover uma menina da linha de tiro??

Vê-se um homem a fugir para um lado. Não fez nenhuma tentativa de se aproximar do carro. Estão outros tantos a segurar uma câmera, sem mais nada fazer a não ser gritar por Alá. E é o puto que age!


Noutros tempos teria raciocinado de forma simplista: teria visto um homem a fugir, de medo, e um rapaz corajoso a resgatar a irmã. Só isso. Não teria reparado na covardia dos adultos, do medo ser maior à coragem. Não teria reparado na passividade. Mas longe de mim julgar. Não o faço porque não vivo num contexto de guerra. Seria indecente de minha parte condenar seja quem for por não agir de acordo com a propaganda cinematográfica e cheia de balas que não acertam ninguém. A vida real não é um filme. E se calhar, os adultos sabiam que, a agir, uma bala era-lhes certinha e talvez incentivem as crianças a actos arriscados como este, na esperança de existir piedade pela suas inocências. Mas também é sabido que esta já foi uma técnica amplamente utilizada em guerras, recorrer a crianças-bomba, usadas para eliminar o inimigo contando com a compaixão universal pelos inocentes. Por tudo isto não julgo, mas já sou capaz de ter outras interpretações de um acontecimento. 

Inclusive de achar que tudo isto é FAKE. Porque outra forma mais recente e, contudo, também antiga de fazer guerra é CONTAR HISTÓRIAS recorrendo aos media. Como se estivessem a fazer filmes, com direito a takes e tudo. Desde que soube disto aqui que NADA mais me surpreende e nunca mais vou «engolir» o que os meus olhos vêm como a realidade. Em guerra, a meu ver, todos os lados estão errados e quem por vezes é apontado como o "mau" do momento, pode ser na realidade a vítima. Porque a guerra é, no fundo, algo que é travado num palco maior: o do julgamento planetário. 

Este vídeo que falei acima, de um tiroteio do ano 2000 en Gaza, o caso Al Dura, mostra um pai Palestiniano a proteger a vida do filho de uma chuva de balas, acabando ambos por ser baleados. O filho morre, o pai leva oito balas e sobrevive. Nenhuma mancha de sangue. O pai sobrevive sem aparentar quaisquer mazelas nestes anos todos de aparições televisivas e mediáticas. Foram imagens amplamente divulgadas que indignaram muitas pessoas a uma escala mundial. Israel nunca foi tão odiada. Acontece que com toda a probabilidade esse vídeo é um desses grandes FAKES. O jornalista Francês que supostamente captou as imagens nem estava no local, recebeu, isso sim, o vídeo de um palestiniano. Tinha sido tudo orquestrado, provavelmente o miúdo não faleceu nem filho do homem era. Começou-se a suspeitar da história quando os factos não batiam certo. Veja o vídeo no link acima ou neste aqui.  Contudo este vídeo fez mais pela Palestina, que passou a ser vista como uma grande vítima, que uma chuva de balas, pois a indignação mundial foi gigante. Como Israel era cruel e odiada! 

Entre muita coisa num cenário de guerra existe muito falso realismo. E mesmo este vídeo de hoje pode ter sido uma fabricação. 


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