sexta-feira, 30 de outubro de 2015



Estou deveras satisfeita comigo mesma. 


Em relação ao tópico anterior - Mentira VERSUS Honestidade, subitamente entendi que, se as pessoas com as quais fui sincera não conseguirem respeitar (já não digo concordar) a decisão que tomei, então se calhar ELAS é que precisam de amadurecer e não me merecem por perto. 

Sinto-me tão feliz!
Já sou quase uma «menina grande», estou a crescer! Ihihihi.


Andava angustiada. A sentir receio que as pessoas não entendessem a decisão que tomei. Levassem a mal e condenassem - embora não tenham direito a isso. Assiduamente lá ia espreitar o email para ver se obtia uma resposta. Tão rápidos que foram a dar a primeira, tão lentos que estavam a ser a dar a de despedida. Esperei e recebi silêncio. Oh! A imaturidade!!


E então fez-se luz.
Não controlam a minha vida.
E se não gostam das minhas decisões, azarito. 
Se quiserem por de lado no prato, façam favor.

Eu não vou perder mais sono por causa disso. E sejam muito felizes rodeados de hipocrisia, intolerância e prepotência.


Mas deixo o conselho a quem um dia se veja nesta situação em que tem de decidir se fala a verdade ou se inventa uma desculpa: Mintam. Ao que parece, são muitas as pessoas que não gostam de se sentir dignas de escutar a verdade.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Derradeira prova dos 9





Por estes dias vou descobrir o que realmente merece a pena.

A minha opção de vida é a primeira. Mas vivo em Portugal, um país onde tudo isso não é tão bem acolhido quanto uma boa mentira do tipo: "minha mãe tá doente", "meu filho foi para o hospital", "tive um furo no pneu do carro"... Mentiras, que dizem ser «brancas», às quais muitos recorrem para faltarem ou abandonarem de vez compromissos.

Tenho cá para mim que se sentir que vou ser descriminada, oscratizada, se me deixarem de falar ou responder a contactos, se escutar piadas vindas de pessoas cheias de telhados de vidro que ainda se vão sentir no direito de distribuir juízos de valor e opiniões recriminativas por uma decisão honesta que tomei, vou passar a recorrer à mentira!






terça-feira, 27 de outubro de 2015

A portuguesa que inventou a cola para cirurgias internas


Vi a notícia ontem, no telejornal das 8h da RTP, apresentado pelo João Adelino Faria.

Uma portuguesa integrada numa equipa de investigação lá nos «estrangeiros» conseguiu produzir uma «cola» que poderá ser usada no interior do corpo humano aquando actos cirúrgicos.


Grande feito, sem dúvida. Mais uma que se junta a um mancial de portugueses emigrados que alcançam grandes feitos fora de Portugal. É que só pode ser assim, não é? Já repararam que, para uma pessoa originária deste país, o sucesso e a realização pessoal só está ao seu alcance se saltar daqui para fora??

Diz a mesma portuguesa que sem dúvida que os portugueses saem a perder por serem um povo pessimista. Ao que o repórter pergunta-lhe se não pode inventar um adesivo que torne as pessoas menos pessimistas. 

E esta investigadora médica de origem portuguesa responde que um adesivo não ia resultar, porque o pessimismo é algo que se «combate» na infância, com a educação que os pais dão aos filhos. 


Ora aqui está! Em uma notícia apenas, uma grande análise da sociedade portuguesa e a constatação de que ainda ficaremos pior.

Somos um povo morto. Acreditem. 
Uma vez ouvi o Hermano Saraiva no seu programa sobre história, dizer que, em tempos de crise, a emigração é má para portugal, porque significava que «os melhores» iam embora. Aqueles que tomavam a iniciativa, que iam à luta, que não se resignavam, eram os que saiam. E o que é que ficava? Os velhos, os doentes e os conformados.

Portugal já viveu grandes vagas de emigração, já perdeu «os seus melhores». E é por isso que 500 anos após os descobrimentos, nem temos concepção da bravura e resistência que caracterizou um povo que descobriu novas terras, navegou torturosos mares e contactou novos povos. Bem que podiam dizer que foram os ETs os responsáveis por esses feitos. Não tivessem sobrevivido relatos e documentos disso mesmo, e provavelmente seria como no caso das pirâmides do Egipto, ou a sociedade Maia: foram os ETs! 


A jovem investigadora portuguesa tem razão. Para se ser alguém, é preciso não se cultivar na sociedade e nas escolas esta "bactéria" do pessimismo. É preciso dotar as nossas crianças de ferramentas e incentivá-las a seguir as suas aptidões, incutindo-lhes optimismo e confiança em si mesmas.


O que acabei de descrever NÃO É o que se passa em Portugal.

Em Portugal faz-se o INVERSO.

Temos crianças capazes e transformamo-as em seres que duvidam das suas capacidades e que temem arriscar.Vejo-o todos os dias, percebo-o nitidamente, atravessando as gerações. É preciso não limitar os sonhos, as capacidades de um indivíduo em desenvolvimento. Cortar-lhes a esperança com palavras, atitudes e exemplos derrotistas, antes que se possa por à prova. Um dia fui assim, uma criança cheia de energia e capacidades, à procura do seu lugar e com ânsia de fazer e experimentar. Senti-me forçada a fazer o que os outros desejavam, forçada a ficar estagnada quando tudo o que precisava era não parar de andar. Após anos e anos disto, senti-me a ceder e quebrar, como um ramo de árvore que cede a uma rajada de vento de um tufão ou ciclone que nunca páram de o atingir. 

Para se ser alguém neste País, para se ser aquilo que se é e realmente se ter boas oportunidades, o melhor é sair dele. E os exemplos disso se multiplicam no noticiário. A sorte de um indivíduo natural de Portugal começa logo à nascença, com o padrão que a família vai usar na sua criação: um padrão pessimista, derrotista e depressivo? Que é o que mais há por aí? Ou um de incentivo, força, luta e optimismo? Tão escasso? 

O que é preciso é deixar crescer. Tudo na vida precisa crescer. Infelizmente, esse crescimento nunca poderá ser aqui, neste país. Aqui só se morre. 


sábado, 24 de outubro de 2015

A semana em palavras e emoticons *001


Segunda:

Dia em que tens muitos planos, mas pouco tempo.




Terça:
Quando gostarias de ter dormido mais que três horas e ter energia e vitalidade, mas só sentes é um mau estar estranho e aflitivo.



Quarta💪
Quando todos estão com sede faz mais de duas horas mas o watercooler está vazio e o recipiente cheio com 5L de água está no chão. A única vantagem de ser homem é a maior força e musculatura mas nenhum se presta ao serviço. És tu que tomas a iniciativa de erguer e colocar o garrafão com 5L de água no lugar do vazio. Esperas ter dado o exemplo e causado embaraço e vergonha aos calões que assobiaram para o lado. E era vê-los (e vê-las) a «correr à fonte», para matar a sede!


Sexta
Aquele momento em que sais de casa razoavelmente melhor vestida do que habitual e subitamente o mundo à tua volta comporta-se de modo diferente contigo: os carros abrandam para te ceder passagem, outros páram, homens olham longamente, outros mandam piropos e aquele colega que nunca te falou vem conversar contigo. E tu pensas o quanto os homens merecem mulheres que manipulam as suas emoções mais rudimentares mas não gostam deles, já que todos preferem cercar de cuidados apenas as que têm boa aparência e ainda preservam a juventude. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Quanto dinheiro ilícito já embolsaram?



Há uns meses fui carregar o saldo do telemóvel na caixa multibanco. Lá apareceram as opções e, na ausência da signa TMN, fiquei a olhar para aquilo e lá encontrei o novo nome do mesmo operador. Ou assim pensei!


A verdade é que o dinheiro nunca mais aparecia no telemóvel. Fui a uma loja, mostrei o recibo, expliquei a situação, andaram a ver o telemóvel, a mexer no computador, até que o atendedor prestou mais atenção ao recibo e disse: - Mas este não é o operador certo. Você carregou no outro.


- Então mas não existem DOIS números iguais, pois não??
- Não.

O número NÃO EXISTE na operadora concorrente, mas a operação foi efectuada na mesma! E o dinheiro, esse, continuei sem vê-lo! Para o recuperar tinha de ir expor o caso à casa-mãe, que fica no cu de judas onde eu nunca passo. E ter de ir para aquelas bandas propositadamente, gastar dinheiro nos transportes, para recuperar os meus 7.50€ foi algo que pretendia fazer. Mas não aconteceu e acabei por deixar passar o assunto. Porém, também deixei de carregar o telemóvel. Aqueles 7.50€ teriam de render, nem que fosse na ausência da possibilidade em fazer chamadas.

Mas a questão que coloco é esta:
Se SÓ existe um número de telefone, que tem o indicativo da operadora distinto, COMO pode a operadora para a qual entrou  o dinheiro ACEITAR e nem sequer o devolver ou existir entre eles algum protocolo para a devolução de quantias mal depositadas?

Tudo isto sôa-me a ROUBO.
Há muito que as operadoras devem ter percebido isto. E calam-se. Sempre é dinheiro que entra sem terem de dar nada em troca. É como se alguém fosse ao banco depositar dinheiro e, por engano, o colocasse na minha conta. 

O que me chateia é que percebi que este é um erro recorrente. Porque voltou a acontecer. E isto é como atirar dinheiro pela janela fora! Não o recuperas e também não compraste nada em retorno. Estas empresas são tão oportunistas e sacanas. São uns... merdas!

FIcam todos a perder. Eu não volto a carregar o telemóvel até achar que passou tempo suficiente. A operadora concorrente pode ter ficado com o dinheiro, mas a operadora actual ficou sem ele e tão depressa não vai ver mais nenhum! Ninguém gosta de ser roubado. Até seria da conveniência deles terem uma política honesta e simplificada de restituição em caso de engano. Afinal, antigamente, quando uma pessoa enganava-se num dígito e caso o número não existisse, o multibanco acusava o erro. Agora parece que aceita até um número certo na operadora errada!! Ou seja, aceita qualquer dígito, qualquer coisa.

Roubo.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Que tipo de BÊBADO és tu?

CONFERE?

Carneiro: o barulhento e arruaceiro que provavelmente vai armar barraca

carneiro-11

Touro: o teimoso que diz que não está bêbado e gosta de se armar em rico

touro1

Gémeos: o que gosta de toda a gente até cair de bêbado

gemeos1

Caranguejo: aquele que vai ficar colado aos outros a noite inteira

caranguejo1

Leão: o que chega às festas com bué de estilo e com a pica toda para subir ao “palco”

leao1

Virgem: o introspectivo que adora julgar as pessoas enquanto bebe.

virgem1

Balança: o que ri o tempo todo feito um retardado.

balanca1

Escorpião: o atiradiço que tenta seduzir tudo o que mexe

escorpiao1

Sagitário: o que não tem limites e acha que é o super homem.

sagitario1

Capricórnio: o competitivo que quer beber mais que toda a gente.

capricornio1

Aquário: o desengonçado.

aquario1

Peixes: o drama queen que vai entrar em depressão no meio da festa.

peixes1

sábado, 10 de outubro de 2015

Presidenciais

Não é novidade alguma...



E de seguida surge o comentador da SIC....



Para daqui a 4 anos termos como candidato a Primeiro Ministro o Irrevogável dos Submarinos...


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Mário Soares


Mário Soares nunca teve papas na língua. Sempre disse o que tinha a dizer sem rodeios ou floreados.
Hoje em dia isso não é nada apreciado na sociedade. Não é só na política, onde todos são fingidos e cuidadosos, mas na sociedade em geral. A hipocrisia é valorizada quando comparada ao genuino, se apresentar o que as pessoas desejam ver, ouvir e sentir.


Bom, estou no momento a ver na RTP Memória aquele que deverá ter sido um debate televisivo mítico, entre os políticos Mário Soares e Álvaro Cunhal. Conheço pouco destes «tempos», pois não era nascida. O debate entre o então líder socialista e o secretário-geral do PCP ocorreu a 6 de novembro de 1975! E admirem-se lá: tem quase 4 horas de duração!

E no entanto, mal o sintonizei, já não me apetecia mudar de canal. Vejo melhor um debate destes do que perco alguns segundos a ver debates coloridos e em belos cenários, com guiões mentais e normas visuais, como aquele que se deu há semanas entre os então candidatos à Assembleia da República.

Este post tem como finalidade abordar algumas questões para além da qualidade e interesse dos debates políticos de há 40 anos e os de agora. Quero também falar do que mudou na sociedade e da forma como esta encara uma mesma pessoa (Mário Soares e Álvaro Cunhal).


Em 40 anos não me parece que o Mário Soares alguma vez tenha mudado a forma de ser ou de se expressar. Tem sido fiel a si mesmo, sem mudar conforme as conveniências (o que julgo ser uma qualidade, em princípio). No entanto, em 40 anos, mudou numa coisa: envelheceu.


E por ter envelhecido, leio comentários deixados no facebook aquando o homem visitou um amigo na cadeia que são verdadeiros crimes. Apelidam-no de "velho caquético" para pior. Não usam o seu nome para lhe fazer referência, nem a função que desempenhou, preferem apelidá-lo de "débil mental". Fazem montagens difamatórias em photoshop, como aquela do seu rosto num obeso porco, chamam-no de "múmia", "jurássico" e desejam que morra.

Com isto magoam todos os que rodeiam a figura e lhe querem bem, como a família, a respeitada esposa, filhos e netos. Esta falta de educação e respeito social sempre me deixou em estado de aflição. Esta vontade de maldizer as figuras públicas já de si é pavorosa. Mas esperar que uma pessoa chegue à terceira idade e apareça fisicamente debilitado para o achincalhar é de gentinha que não vale nada. Atacar uma pessoa só e exclusivamente porque ela é VELHA. Como se as pessoas envelhecessem por desleixo e tal «doença» não estivesse aqui a prometer chegar a todos nós. Até parece que ser-se velho e ser-se figura pública, dá legitimidade ao povo para praticar um achincalhamento deste calibre. E se o "velho" decidir não ficar parado, continuar a ter uma opinião, pronto: então sofrerá ataques sem dó ou piedade. Uma prática de bulling que não é ainda apontada, mas existe.


E o pior é que as pessoas que cometem estas atrocidades não têm noção alguma do que estão a fazer. Pensam que "não tem mal", passam este tipo de má formação aos filhos e assim se cria uma sociedade doente nos alicerces. E depois estas mesmas pessoas admiram-se que a sociedade priveligie a beleza e a juventude. Ou não respeite os idosos. Esta gente que pratica bulling cibernético por uma pessoa ser idosa esquece que o destino pode reservar-lhe algo parecido. Não tem lógica o homem não morrer jovem e por isso ser achincalhado!


Álvaro Cunhal, o outro protagonista neste debate que ainda estou a ouvir, não me parece estar a ter um tão bom desempenho retórico. Algumas coisas que diz não me parecem ter recebido grande simpatia. Conheço pouco da história de Álvaro Cunhal, que faleceu há 10 anos. Mas sei que foi uma "figura". Já cheguei à idade adulta ouvindo referências muito respeitosas a seu respeito. Ficou na história da política do país e foi classificado como uma figura MÍTICA do panorama político, em particular pelo partido comunista. Dele só soube que era uma "grande figura", respeitada e colocada num patamar superior. Do pouco que o vi na TV quando ainda estava vivo, falava com poucas palavras - o oposto do que estou a ouvir agora. Mantinha-se um pouco «à parte» das confusões, mas era "hateado" como uma bandeira partidária. O que só contribuiu para que mantivesse uma áurea de mistério e de miticismo. Morreu, em 2005, com 91 anos.

Que sorte teve ele, em ter nascido mais cedo e ter morrido com mais idade do que aquela que o Mário Soares tem hoje! Porque faleceu numa altura em que o achincalhamento social não tinha ainda ganho tanta projecção. O facebook tinha sido FUNDADO a 4 de Fevereiro de 2004 e Álvaro Cunhal faleceu a 13 de Junho de 2005. Não viveu na época da internet "mais veloz", dos plasmas, tablets e dos telemóveis 3G. E com isso, não teve «tempo» para envelhecer diante dos olhos do Grande Público que tem um teclado debaixo dos dedos e que certamente o iria achincalhar por ser uma pessoa que envelheceu e "ousa" emitir opiniões.

Sabem uma coisa? Sempre me perguntei porque é que pessoas que trabalharam com grandes nomes das artes e ainda estão vivas, porquê não veem elas a público contar um pouco aquilo que viveram? Na primeira pessoa, contar como era a vida «naquele tempo», na década de 40, 50... Quem eram, de facto, as pessoas de quem hoje só conhecemos uma «imagem» ou uma «reputação que prevalece» como oficial.

Noutro dia vi na RTP um filme com uma interpretação espetacular, sublime do ator Anthony Hopkins.  Nunca antes tinha visto alguém imitar tão na perfeição e com aparente falta de esforço a figura que foi Alfred Hitchcock (cujas séries televisivas que apresentava tive o prazer de ver em criança). Hopkins conseguiu reproduzir na perfeição os maneirismos, o tom da voz (dificílimo), a forma de pronunciar as palavras e até fisicamente a figura que foi Hitchcook.

Contudo, fica a dúvida: quem foi realmente Alfred Hitchcock? O que separa a realidade do mito? A sua reputação de diretor implacável, torturoso e obcecado pelas suas atrizes principais, têm mesmo razão de ser? Até que ponto? 

Ninguém está vivo para contar, certo? Errado! Há sempre alguém que ainda é vivo... Mas não o será por muito mais tempo. E estes casos têm se repetido no que respeita a pessoas que conheceram figuras míticas das artes ou da sociedade em geral. Pensamos que já não "sobrou ninguém" porque são todos falecidos, mas tal não é verdade. Então, porque não falam? 


Pesquisei pelo nome da atriz que Hitchcock pretendia contratar para interpretar a protagonista do filme Psico: Vera Miles. Como a atriz engravidou, ele a dispensou e dizem que passou a tratá-la muito mal. Queria transformá-la na sua estrela pessoal. E ela, afinal, tinha marido e relembrou-o disso ao aparecer grávida (do segundo filho e esposo!). Vera é viva. E recusa-se a falar da sua vida naquele tempo. Dizem que a celebridade nunca foi o seu objectivo. Sempre quis ser uma atriz respeitada e não uma estrela. Mas ela não é a única ex-atriz coquete de Hitchchock que vive. Eva Marie Saint, que interpretou a protagonista do filme Intriga Internacional também cá está. Bolas! Até Olivia De Havilland (99 anos) que em 1939 interpretou Melanie em "E Tudo o Vento Levou" está viva! E estes são apenas três exemplos de grandes mulheres que um dia maravilharam multidões no grande ecrã, que ainda respiram e têm memórias. Contudo, são pacatas e  viveram as últimas décadas praticamente como reclusas.


Da forma como a sociedade está, agora entendo porquê. Estão muito velhas e a sociedade prefere recordar a beleza de uma mulher jovem a ver uma idosa sem dentes ou cabelo. Ainda que se mantenha uma sociedade deslumbrada por tudo o que tenha sido sucesso e seja vintage (não velho, atenção!), a sociedade também anda muito cruel. Uma Brigitte Bardot jovem é idolatrada, mas uma idosa é ridicularizada por estar velha e não ser atraente e pela sua preocupação imensa para com os animais domésticos ou, simplesmente, permanece recordada parada no tempo, como uma eterna sex symbol. 

Bom, me desculpe quem tenha lido TUDO ISTO  porque é muito texto, mas apeteceu-me abordar todos estes temas com base neste «estímulo» do debate televisivo de há 40 anos. Podem ser muitas palavras, mas acho que têm fundamento. 

Álvaro Cunhal faleceu com 91 anos e sua imagem foi respeitada. Mário Soares pode até sofrer o mesmo destino e vir a falecer com a mesma idade (faltam meses para chegar aos 91). Mas já não terá a sorte de ter vivido numa época em que as redes sociais mal existiam. E por isso tem sentido na pele o que é existir uma nova forma de se ser insultado. Como político e ex-perseguido deve ter criado uma carapaça bem dura a respeito de ofensas verbais. Mas as redes sociais facilitaram bastante as mesmas e as espalham de uma forma muito cruel e com uma rapidez assustadora. Um veículo excelente para mentiras e propaganda. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O meu voto foi para...


O voto é secreto.
Não costumo revelar. Posso dizer que, tal como há 4 anos, não votei neste governo, nem tão pouco no concorrente direto. Sei o que isso significa: o resultado está à vista. Ou se vota no rival com mais hipóteses de vencer, ou os que gostam de cores, por sistema, escolhem suas cores ainda que sofram as consequências. Mas também, depende que quem são os que sofrem mais consequências. Daí as cores....

Bom, mas vou confidenciar uma coisa. Após ter revelado no que votei nos referendos, posso dizer que nesta eleição, pela primeira vez desde sempre, votei de forma inusitada. Não sabia bem a quem atribuir o voto, o que sabia era a quem NÃO ia atribuir. Eu e muitos outros - aposto, e deu no que deu.

Mas mesmo assim estou felicíssima com o meu voto.
É que não podia ter sido outro!!!


Durante os próximos quatro anos...


Apetece-me andar de luto.
Tal como antigamente as viúvas carregavam aquele preto pesado, completo e ineterrupto, assim me parece que vai o meu coração.

E o pior é que após estes tenebrosos 4 anos, aposto que será a vez das Portas fecharem na cara do Coelho para ganharem a sua tão ambicionada vez na subida meteórica ao palco do poder.

E o luto continua. 

Porque o Motivo é o Mesmo.

sábado, 3 de outubro de 2015

Um pouquinho de esclarecimento cívico... Ide votar! ou Ide votar.?


Vim avisar aos que possam se sentir com vontade de me dizer para ir votar que o direito ao VOTO é um DEVER que exerço desde os 18 anos e não somente desde que este governo (no qual não votei) assumiu o poder ou a partir do momento em que senti que tudo estava a ir para o cano.


Votei em Presidênciais, em Legislativas, em Autárquicas, em Europeiasem Regionais e em referendos. Em 1998 votei «sim» no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, na qual existiu 68,11% de abstenções. Meses depois votei no referendo sobre as regiões administrativas, que teve uma taxa de abstenção de 51,88%. Gostaria de ter votado também no referendo sobre a doação de órgãos presumida (a partir do nascimento), mas esse assunto nunca foi trazido a debate ou referendo e passou de imediato a lei em 1993. Não consigo recordar se, volvidos quase 10 anos, em 2007 voltei às urnas para repetir o voto em mais um referendo sobre o aborto. Penso que o fiz, pois tenho uma ligeira impressão de sentir estranheza pela repetição da situação. Mas se não o fiz, foi apenas uma das duas ocasiões em que tal não me foi possível. De 1998 para 2007 a mentalidade sobre a interrupção da gravidez evoluiu mas a abstenção nem por isso: ficou nos 56,53%. Nenhum destes referendos foi vínculativo, porque o povo na sua grande maioria se absteve de exercer o seu direito de voto e assim manifestar-se de forma ímpar na democracia portuguesa.



Meus falecidos avós foram pessoas simples, de poucos estudos e mal sabiam escrever, mas exerciam religiosamente o seu direito e dever de voto, com uma consciência cívica de levar vergonha aos que durante todos estes anos têm preferido fazer compras de supermercado enquanto se decide quem vai comandar o país.




Queria recordar todos os que nos últimos governos não foram às urnas, que se a minha vida está mais difícil, assim como as vossas, muito se deve a isso. Parte da responsabilidade é vossa, dos que se abstêm, foram preguiçosos e não quiserem dispor de 5 minutos ou sair sobre chuva e ventania para fazer uma cruzinha num papel, preferindo prescindir de um dever ganho a pulso em todas as democracias, para ir passear ou ficar em casa a ver televisão.

Portanto, VOTEM!
Mas não venham agora com lições sobre o funcionamento da democracia e cheios de moral, lol.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Os 15 minutos de fama (registados)

Experimentem este:

Estás na capa da revista CARAS!* 


AQUI.
(*brasil)